Fascismos, modernidade e ‘pós-modernidade.
A tentação conservadora / Gisele dos Reis Cruz e Jerônimo Marques de Jesus
Filho.
A Ação Integralista Brasileira
(AIB). Nacionalismo, Antissemitismo e Fascismo / Natália dos Reis Cruz.
Nem só mãe, esposa e professora:
os múltiplos campos de atuação da mulher militante integralista / Leandro
Pereira Gonçalves e Renata Duarte Simões.
Fascismo, Antifascismo e os Italianos
no Brasil entre as duas Guerras Mundiais / João Fábio Bertonha.
Imagens a serviço da propaganda
política da Ação Integralista Brasileira / Tatiana da Silva Bulhões.
O Nazismo no Brasil: uma breve leitura
sobre a organização e a estrutura do partido / Nara Maria Carlos de Santana.
O Integralismo e a contrarreforma
moral e intelectual nos anos 1950 / Gilberto Calil.
Pensamentos integralistas:
aportes e suportes para um movimento de direita / Maria Regina da Silva Ramos
Carneiro.
O neonazismo no Brasil. O caso da
Editora Revisão. Natália dos Reis Cruz.
No prefácio Márcia Maria Mendes
Motta – pesquisadora do CNPq e professora de História Moderna e Contemporânea
da Universidade Federal Fluminense define: ‘ao reunir, neste livro, os estudos
de uma nova geração de historiadores dedicados a analisar o fenômeno da
intolerância expresso no movimento fascista no Brasil, Natália Reis organiza
uma obra que vai na contracorrente dessa nossa memória apaziguadora, que nos
engana, que nos coloca sem culpa, mas – exatamente por isso – nos cega e não
nos permite ver como somos um país cuja história foi também construída no embate
entre forças sociais desiguais, visões distintas sobre as potencialidades dos
seres humanos e concepções diversas sobre o direito dos outros. Em outras
palavras, ao analisarem o passado e o presente de nossas experiências autoritárias
de tipo fascistas, os textos reunidos neste livro nos convidam a pensar sobre
um passado e um presente que não nos incomodam, pois são frequentemente
sublimados e mesmo esquecidos pela força de nossa memória nacional apaziguadora’.
A Revolução de 1930 trouxe em sua
algibeira o rompimento com uma prática política sustentada pelas oligarquias
rurais brasileiras, prática está já contestada pela classe média através de um
movimento significativo que foi o Tenentismo e culturalmente, a contestação
veio através da Semana de Arte Moderna de 22. Desses dois movimentos emergiram
duas lideranças: uma do exército brasileiro, Luiz Carlos Prestes, com a Aliança Libertadora Nacional Libertadora (ALN), de orientação moscovita e, de outro, Plínio Salgado,
intelectual destacado na Semana de 1922 com a Ação Integralista Brasileira (AIB).
Aos pesquisadores a busca
das ‘motivações e argumentos’ que levaram 1 milhão de pessoas, num universo de
40 milhões de habitantes, em 1930, a aderirem às ideias do Movimento
Integralista no Brasil. Também, uma foto publicada em ‘A Offensiva’, onde uma
mulher (Blusa-verde) de cor negra é documentada fotograficamente discursando
para homens num encontro integralista em 13 de julho de 1937.
Historicamente, tudo isso é muito
recente para ser ‘esquecido’ pela historiografia brasileira.
Luiz Humberto Carrião
(l.carriao@bol.com.br)
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