O livro é “uma grande reportagem que vai devassar os subterrâneos da privatização realizada no Brasil sob o governo Fernando Henrique Cardoso”. É “resultado de uma busca incansável do jornalista Amaury Ribeiro Jr. - um dos mais importantes e premiados repórteres investigativos do país, com passagens por IstoÉ, O globo e Correio Brasiliense, entre outras redações – o livro registra as relações históricas de altos próceres do tucanato com a realização de depósitos e a abertura de empresas de fachada no exterior. Devota-se particularmente a perscrutar as atividades do clã do ex-governador paulista José Serra nesse vai e vem entre o Brasil e os paraísos caribenhos, continua o editor.
O jornalismo investigativo é assim: às vezes se dá um tiro em um beija flor e acaba acertando um elefante. Baleado por uma reportagem levada a efeito na região do Entorno de Brasília relacionada ao tráfico de drogas e assassinatos de jovens, Amaury Ribeiro Jr., foi deslocado dentro da mesma empresa para a cidade de Belo Horizonte, onde recebeu como pauta a investigação sobre a “arapongagem tucana” sobre o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, em suas viagens ao Rio de Janeiro, onde, a grande imprensa vai além da conta com ataques como esse: “Pó pará, governador?”, numa alusão de que o governador mineiro usava cocaína. Dessa investigação, juntando-se a documentos catalogados sobre a privatização neoliberal tucana, Amaury Ribeiro Jr., desnuda em 346 páginas, o que foi, no Brasil, os 8 anos FFHHCC, onde um de seus articuladores mor, o ex-governador de São Paulo, hoje no ostracismo, José Serra.
Assevera o ministro Gilson Dipp, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em artigo publicado no site consultor jurídico, 70% do dinheiro lavado no país vem da corrupção e não mais do tráfico internacional de entorpecentes e do contrabando de armas e munição, com o ocorria antigamente”. Atentem para as ações tucanas antes, durante e depois do processo de privatização das principais empresas brasileira, que o leitor entenderá a indignação de sua excelência, o ministro Dipp.
Um livro que sepulta de vez por toda qualquer pretensão política do ex-governador José Serra. Os que a ele não tiveram acesso através da leitura, por certo o terão no horário político obrigatório, ou por inferência de um opositor em um debate político caso o ex-deputado, ex-senador, ex-ministro, ex-prefeito opte por uma eleição.
Poderia aqui evocar o poder judiciário, mas o ocorrido na mais Alta Corte do país nesses últimos dias fez órfão o povo brasileiro. Resta o quê? Acreditar na sua gente. Por isso, é de fundamental importância que A PRIVATARIA TUCANA seja lido, analisado e se possível, relido. Países co-irmãos da América Latina responderam à altura aos desmandos semelhantes ocorridos em seus países por seus políticos.
* Leiam também 'O príncipe da privataria' de Palmério Dória, Geração Editora, São Paulo, 2013.
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