Desde muito cedo Plínio Arruda Sampaio esteve estreitas relações com movimentos hoje denominados Eclesiais de Base e com a esquerda, ou seja, na interpretação de Bobbio, aqueles para os quais "a natureza humana não está definida a priori, não nascemos assim ou assado, mas somos produzidos pelo meio ambiente". Construindo o poder popular vem ao encontro de sua posição ideológica, ao propor um compêndio prático, como diz seu editor - "um instrumento de trabalho" onde apresenta exemplos de como associações ou grupos de pessoas devem proceder diante de uma reclamação ou reivindicação. Em seus capítulos desnudam aspectos básicos do processo: a força para conseguir a vitória, o objetivo da campanha, os adversários, os aliados, o conhecimento do assunto e a divisão de tarefas para se conseguir êxito naquilo que se deseja. Enganam-se aqueles que imaginam que esse livro-manual destina-se, em absoluto, aos movimentos populares. É de uma didática pedagógica universal escrito em linguagem simples e direta.
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