Ultimamente tenho me dedicado,
por força da Escola, a outros amigos, como por exemplo, Ecléa Bosi, Hanna
Arendt, Karl Marx, Peter Berger, Thomas Luckmam, Émile Durkheim, Max Weber,
Franz Boas, Clifford Geertz, Pierre Boudieu, Joachim Wach, Mircea Eliade, Guy
Rocher, Rudolf Otto, James Thrower, e pouco tempo tem restado para outras
leituras. Mas fui provocado pelo Clube de Autores com o livro de Maurício
Coelho e Cristiano Penido, “A estratégia para derrotar o PT”. Gostaria de dizer
que não sou PT e menos ainda PSDB. Ao contrário, penso que tanto o PT como o PSDB
já deram o que tinham que dar. Solicitei o livro que li numa sentada. Trata-se
de dois consultores de estratégia política que fazem um relato sobre as eleições
presidenciais de 2015, onde é analisada não a vitória da Dilma Rousseff sobre
Aécio Neves, e sim, a derrota de Aécio Neves para Dilma Rousseff. O livro analisa
de maneira interessante o que chamam de “bola fora” por parte dos candidatos
Dilma e Aécio e seus marqueteiros durante a campanha, no primeiro e no segundo
turno. À época em que o livro foi escrito o quadro político era diferente do
qual se encontra hoje, final de março e início de abril/2015. Como dizia Tancredo
Neves, avô do Aécio, a “política é igual nuvem no céu”, isto é, em constante
mudança. No livro dão como certo a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva em
2018, e para derrotá-lo, o possível candidato da oposição, Aécio Neves, precisa
adotar a “estratégia do retorno”, isto é, “criar um ambiente onde ele possa
usar o discurso que lhe era favorável durante a eleição”. Deixam a entender que
houve erro básico levado a efeito pelo marqueteiro do Aécio Neves. "Usando a "Estratégia do retorno", Lula se tornará um herói do passado (ou como as pessoas gostam de dizer: alguém que já deu o que tinha de dar). É assim que o Brasil pode, por meio da oposição, vencer o PT nas urnas". No entender dos autores Lula deu de tudo para o Brasil, inclusive um gerente que não gerenciou. É um livro
interessante que faz uma análise bem diferenciada do que vimos pela imprensa
escrita e televisiva, e mesmo por alguns autores que publicaram sobre o fato.
'A História é a majestosa Tôrre da Experiência que o tempo erigiu no espaço infindo dos anos decorridos. Não é fácil tarefa alcançar o cimo desse antigo edifício e gozar da vista dum panorama completo; não há ali elevador, mas os moços tem os pés fortes e podem tentar-lhe a ascensão. Aqui vos dou a chave que vos abrirá a porta. Quando votardes, compreendereis a razão do meu entusiasmo', Hendrick Willem Van Loon.