31 de março de 2015

A ESTRATÉGIA PARA DERROTAR O PT / Maurício Coelho e Cristiano Penido. Clube de Autores. s/D.

Ultimamente tenho me dedicado, por força da Escola, a outros amigos, como por exemplo, Ecléa Bosi, Hanna Arendt, Karl Marx, Peter Berger, Thomas Luckmam, Émile Durkheim, Max Weber, Franz Boas, Clifford Geertz, Pierre Boudieu, Joachim Wach, Mircea Eliade, Guy Rocher, Rudolf Otto, James Thrower, e pouco tempo tem restado para outras leituras. Mas fui provocado pelo Clube de Autores com o livro de Maurício Coelho e Cristiano Penido, “A estratégia para derrotar o PT”. Gostaria de dizer que não sou PT e menos ainda PSDB. Ao contrário, penso que tanto o PT como o PSDB já deram o que tinham que dar. Solicitei o livro que li numa sentada. Trata-se de dois consultores de estratégia política que fazem um relato sobre as eleições presidenciais de 2015, onde é analisada não a vitória da Dilma Rousseff sobre Aécio Neves, e sim, a derrota de Aécio Neves para Dilma Rousseff. O livro analisa de maneira interessante o que chamam de “bola fora” por parte dos candidatos Dilma e Aécio e seus marqueteiros durante a campanha, no primeiro e no segundo turno. À época em que o livro foi escrito o quadro político era diferente do qual se encontra hoje, final de março e início de abril/2015. Como dizia Tancredo Neves, avô do Aécio, a “política é igual nuvem no céu”, isto é, em constante mudança. No livro dão como certo a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva em 2018, e para derrotá-lo, o possível candidato da oposição, Aécio Neves, precisa adotar a “estratégia do retorno”, isto é, “criar um ambiente onde ele possa usar o discurso que lhe era favorável durante a eleição”. Deixam a entender que houve erro básico levado a efeito pelo marqueteiro do Aécio Neves. "Usando a "Estratégia do retorno", Lula se tornará um herói do passado (ou como as pessoas gostam de dizer: alguém que já deu o que tinha de dar). É assim que o Brasil pode, por meio da oposição, vencer o PT nas urnas". No entender dos autores Lula deu de tudo para o Brasil, inclusive um gerente que não gerenciou. É um livro interessante que faz uma análise bem diferenciada do que vimos pela imprensa escrita e televisiva, e mesmo por alguns autores que publicaram sobre o fato.